Ao falar de contaminação por derivados de petróleo, questionar se há óleo presente não é o suficiente. Para um diagnóstico preciso e uma remediação eficaz, é crucial saber exatamente o que há, qual a quantidade e de onde veio. E aqui entram as Análises de TPH (Hidrocarbonetos Totais de Petróleo), um conjunto de indicadores cruciais para entender e gerenciar a presença de contaminantes derivados de petróleo no meio ambiente.
Como especialistas em análises ambientais, sabemos que cada detalhe conta. Então vamos entender o que são as análises de TPH e como elas fornecem um diagnóstico preciso.
O QUE É TPH E POR QUE ANALISÁ-LO
TPH é a soma de milhares de compostos químicos que originalmente vêm do petróleo bruto. O petróleo e seus derivados (gasolina, diesel, óleos lubrificantes, etc.) são produtos presentes em nosso dia a dia, mas vazamentos e descartes inadequados levam a contaminação de solo, da água e de sedimentos.
Dessa forma, órgãos regulatórios estabeleceram valores orientadores, que variam de acordo com o ambiente e a legislação de cada país, para determinar a concentração limite desses compostos no meio ambiente e identificar se a área está sob risco de contaminação.
Entenda os diferentes tipos de análise de TPH:
1. TPH Total
Imagine um exame de sangue que mostra o colesterol total. O TPH Total funciona de forma similar: ele fornece uma visão geral da concentração somada de todos os hidrocarbonetos de petróleo na amostra, abrangendo uma faixa ampla (de C10 a C40). É a mensuração mais básica e o primeiro indicador utilizado para rastreio inicial da contaminação. Essencial para triar áreas e identificar a necessidade de investigações mais profundas. Um valor elevado acende o alerta, mas não identifica o vilão específico.
É na segmentação que que começamos a identificar o problema. O TPH Fracionado classifica os hidrocarbonetos em grupos específicos, permitindo entender o comportamento, a toxicidade e a origem do contaminante.
Os principais grupos que analisamos são:
- TPH GRO (Gasolina e Óleos Leves)
O TPH (alifático – C5-C8) e o TPH (aromático – C9-C10) são os primeiros a se dissipar no ambiente por seus componentes voláteis e de menor ponto de ebulição, típicos de gasolinas, solventes e óleos combustíveis leves, que representam riscos significativos à saúde.
- TPH DRO (Óleos Pesados e Resíduos)
O TPH (alifático – C19-C32) são encontrado em óleos lubrificantes, graxas e asfalto, com compostos mais persistentes, com maior ponto de ebulição e de difícil remediação.
- TPH ORO (Diesel e Óleos Leves)
O TPH (alifático – C9-C18) e TPH (aromático – C10-C32) é a assinatura clássica de combustíveis como diesel e querosene já que são menos voláteis e persistem no ambiente por mais tempo.
Nota: O TPH ORO é uma terminologia utilizada para se referir a Oil Range Organics para se referir a hidrocarbonetos de maior peso molecular, que se sobrepõe ao DRO.
Já a análise de TPH Fingerprint (Impressão Digital) vai além da quantificação. Ela determina a origem do contaminante fornecendo um perfil cromatográfico único de cada produto que causou a contaminação, funcionando como uma impressão digital química, para identificar se é diesel, óleo queimado, óleo cru e etc. Essa análise é crucial em litígios ou investigações de responsabilidade, e fundamental para diferenciar os tipos de vazamentos, estimar a idade da contaminação e avaliar a efetividade da remediação.
TECNOLOGIA DE PONTA PARA RESULTADOS CONFIÁVEIS
Entender as nuances das análises de TPH é o primeiro passo para uma gestão ambiental eficaz. Ao escolher um laboratório, você precisa de um parceiro que não só entregue resultados, mas que entenda a complexidade por trás de cada sigla: TPH Total, Fracionado, Fingerprint, GRO, DRO e ORO.
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FONTES: CETESB; CONAMA; ALS Ambiental Brasil
