Metais tóxicos são micropoluentes químicos inorgânicos que podem ser solúveis em água e que, em determinadas concentrações e tempo de exposição, oferecem risco ao ambiente e à saúde humana. As fontes de contaminação por metais estão normalmente relacionadas ao lançamento de efluentes industriais, especialmente as de extração de metais, de tintas e pigmentos, galvanoplastias, químicas, farmacêuticas, de couros, peles e produtos similares, do ferro e do aço, petróleo e lavanderias.
Dentre os elementos químicos de maior relevância estão o cádmio, chumbo, mercúrio, níquel, zinco, cromo, arsênio, alumínio, bário, prata e selênio, entre outros. Devido à sua toxicidade, os metais são considerados como parâmetros de potabilidade da água para consumo humano, conforme estabelecido na Portaria de Consolidação nº 5 do Ministério da Saúde e como parâmetro de qualidade das águas naturais e de emissão de efluentes em corpos d’água naturais, definidos tanto na legislação federal quanto na legislação do Estado de São Paulo.
Exemplos de contaminantes e seus efeitos:
Cromo (Cr)
Presente na crosta terrestre em diferentes estados de oxidação, variando de cromo II a cromo VI. Este elemento pode contaminar matrizes ambientais por uma variedade de fontes antropogênicas, principalmente pela indústria de metais na produção de aço inoxidável, ferro-cromo, refratários, curtumes, indústria química de fabricação de tintas e preservação de madeira. O cromo em sua forma hexavalente de oxidação (VI) é um dos elementos mais comuns de descarte no ambiente e também um dos mais danosos à saúde humana, devido à alta capacidade de absorção pelo sistema gastrointestinal, penetrando rapidamente pelas membranas celulares trazendo disfunções no sistema linfático, cardiovascular, respiratório e neural.
Cádmio (Cd)
Presente naturalmente em minérios associados com o Zn, Cu, e Pb, o cádmio é empregado como estabilizador em produtos de PVCs, pigmentos de tintas, ligas metálicas, indústrias de galvanoplastia, bem como em baterias recarregáveis de níquel-cádmio. Conforme as informações apresentadas pela Organização Mundial da Saúde, os riscos oferecidos pelo Cd podem trazer prejuízos ao fígado, ao sistema respiratório e a estrutura óssea, sendo considerado como carcinogênico quando acumulado em níveis elevados no organismo, favorecendo o desenvolvimento de câncer.
Chumbo (Pb)
O chumbo é um dos principais constituintes na fabricação de vidros, cristais, vernizes, esmaltes, estando este presente também na gasolina, em processos de fundição e principalmente na fabricação de baterias. O descarte de baterias é umas das principais fontes de contaminação do metal no ambiente. A contaminação por chumbo em seres humanos causa danos no sistema nervoso, distúrbios comportamentais, de aprendizado e de concentração.
Cobre (Cu)
O cobre vem sendo largamente empregado em vários setores da indústria, como na fabricação de eletroeletrônicos e aparelhos domésticos, na engenharia industrial para estampagem, forjamento e usinagem de peças, na indústria elétrica na fabricação de cabos e linhas de transmissão de energia, refrigeradores e ar condicionados e também nas indústrias química, petroquímica e mecânica. No homem, o cobre em altas doses pode causar diarreia, dor de cabeça, taquicardia e dificuldade respiratória.
Manganês (Mn)
Principalmente utilizado na indústria metalúrgica como aditivo desoxidante e em ligas metálicas, o manganês também é um dos principais constituintes de baterias de células secas, indústrias de vidro, têxtil, bem como utilizado como fertilizante químico. O grau de toxicidade do manganês varia de acordo com a exposição. Dentre os problemas oriundos da alta exposição, os mais invasivos atingem a coordenação motora, sendo geralmente semelhantes a doença de Parkinson, afetando desde a expressão facial até pequenos movimentos, que são originados devido aos impactos causados no sistema neuroquímico.
Os métodos de determinação de metais são baseados na solubilidade dos metais e no processo de digestão das amostras e são específicos para cada tipo de metal.
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